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Sto. António em Alvelos, Alvito S. Martinho e Martim

Freguesias em festa

Alvelos, Alvito S. Martinho e Martim festejaram Sto. António.

GNR preencheram as medidas em Martim

Martim tem fama de organizar um dos maiores arraiais do concelho e este ano não foi excepção. Sempre com nomes sonantes no cartaz, os GNR sucederam ao UHF que marcaram presença em 2011, e preencheram as medidas de quem se dirigiu à freguesia para as festividades de Sto. António. Num concerto para assinalar "os primeiros 30 anos" da banda, os GNR tocaram os temas mais conhecidos, num espectáculo que durou cerca de hora e meia e, ainda, contou com a vídeo-projecção de alguns dos momentos mais marcantes da banda portuense. Milhares de pessoas na plateia para assistir, cantar e acompanhar Rui Reininho na sua habitual forma irreverente de actuar. Com uma grande interacção com o público, Reininho proporcionou um excelente espectáculo.

Mas além dos GNR, muitos outros momentos marcaram as festividades em Martim, que começaram no dia 13, dia de Sto. António, com a já tradicional oferenda do pão. Este ano, a comissão de festas encomendou mil broas e poucas sobraram: "Começamos a ver tanta gente que só estávamos a distribuir aos adultos. Depois é que demos a algumas crianças que esperaram para o fim", acrescentou José Sousa.

Preparar esta festa é como um segundo emprego

Só com muito trabalho despendido para a organização da festa é que a comissão conseguiu atingir os objectivos. Além do tradicional peditório, a comissão "trabalha o ano inteiro". O bar está aberto todos os fins-de-semana. "São 300 frangos por cada fim-de-semana", referiu o juiz da comissão, José Martinho Sousa.

Nomeada por três anos, a actual comissão já vai no 2º e garante que, apesar do trabalho, "é recompensador ouvir os agradecimentos do pessoal". A entrega é de tal ordem que os seis casais que compõem a comissão consideram a tarefa como um segundo emprego. Além do trabalho dos homens e mulheres que orientam o leme, José Sousa apontou a união de toda a população como o ingrediente certo para uma festa que é visitada por milhares de pessoas. "Este ano conseguimos, pela primeira vez, mudar o local do palco.

Os moradores de um prédio aceitaram que lhe tapássemos as sacadas só para conseguirmos dar mais espaço para as pessoas assistirem aos espectáculos". Beneficiando de uma localização estratégica, a festa de Sto. António atraiu pessoas de Barcelos, mas também de Braga para o seu arraial. Mesmo sem marchas, as festividades tem arrastado verdadeiras multidões.

Olga Costa

 

Festa de lugar é de toda a freguesia de Alvelos

Realiza-se no lugar de Lamaçães mas a festa é de toda a freguesia, pois toda a população de Alvelos participa e vem para a rua celebrar o Santo António, uma tradição que regressou há uma década e está cada vez mais viva. O evento tem vindo a afirmar-se ano após ano e atrai cada vez mais pessoas ao arraial, que se realizou no passado fim-de-semana, durante dois dias.

O programa abriu na sexta-feira de manhã com a inauguração de uma monumental cascata feita pelos populares com dezenas de peças, algumas das quais movimentadas. É já um dos ex-líbris da festividade em honra do santo casamenteiro, também conhecido como amigo dos pobres ou protector dos objectos perdidos. À noite, actuou em "casa" o Rancho Folclórico S. Lourenço de Alvelos, depois subiu ao palco o artista barcelense Jorge Lomba.

No sábado, o largo de Lamaçães encheu-se de cor e alegria para acolher as tradicionais marchas populares, primeiro a infantil com as crianças da escola local, depois a marcha adulta. No final, o bailarico prolongou-se pela noite adentro com o espectáculo musical de Jorge Loureiro e a sua banda.

Em qualquer festa popular, a música é presença obrigatória, mas a sardinha assada é que é a rainha. Não pode faltar também a broa, o bom vinho e o caldo verde para o menu estar completo. Segundo António Faria, um dos principais impulsionadores da festa, ao longo dos dois dias foram consumidas 1000 sardinhas e 70 quilos de broa. O Santo António de Lamaçães faz-se com "a carolice e o bairrismo" da população local e tem características específicas, pois as receitas não provêm de peditórios, mas da feirinha, do contributo monetário de algumas pessoas, do funcionamento do bar e da venda de chapéus alusivos à festa.

I Encontro de Coleccionadores

No âmbito das festividades de Santo António realizou-se no sábado, na EB1/JI de Alvelos, o I Encontro de Coleccionadores, que reuniu cerca de 60 aficionados das mais variadas temáticas, como pacotes de açúcar, chávenas, moedas, animais, entre outras. Pelo pavilhão multiusos da escola passaram à volta de quinhentas pessoas para ver e apreciar a arte de quem guarda, organiza, troca e expõe centenas – às vezes milhares – de itens por categoria.

A iniciativa contou com a participação de coleccionadores de Barcelos e outros vindos de várias cidades do país, como Lisboa, Entroncamento, Monção, Viseu, Castelo Branco. Propositadamente para o encontro foram feitas séries únicas de pacotes de açúcar com quadras alusivas à festa de Santo António de Lamaçães e outras com desenhos feitos pelas crianças do jardim de infância. Para o responsável José Raio, que ao todo reúne 40 mil saquetas de açúcar, isso funcionou como "chamariz" para a primeira edição, que terminou com sucesso. Para o ano, se houver apoio, "é para continuar", garante.

                                                                                                              Filipa Oliveira

 

"A festa é da freguesia", em Alvito S. Martinho

A freguesia de Alvito S. Martinho organizou, no passado fim-de-semana, pela primeira vez, as Marchas de Sto. António. Depois do "boicote" de S. Pedro, no fim-de-semana anterior, os festejos realizaram-se sem sobressaltos, numa freguesia pequena mas com muita história e gente com vontade de enriquecer a cultura da sua terra. Victor Barbosa, um dos 5 amigos que luta por uma palavra a dizer na "arte cultural" das festas populares, mostrou-se um pouco decepcionado com a falta de apoio que alguns conterrâneos revelaram na altura de participarem nas despesas dos festejos: "Não foi fácil realizar esta festa e as 4 semanas foram curtas, mas o principal problema residiu na angariação de fundos, apesar de termos conseguido algumas ajudas, algumas pessoas ficaram muito aquém das nossas expectativas. São as pessoas que mais têm possibilidade de ajudar. Esquecem-se que a festa não é nossa, a festa é da freguesia".

Mesmo perante algumas adversidades a festa teve início na sexta-feira com a presença do DJ Arnette, uma noite animada com a presença de muitos jovens de Alvito e de freguesias vizinhas.

A noite de sábado contou com a presença do Rancho Folclórico de Rio Côvo Sta. Eugénia e o Grupo de Fonte de Baixo que, neste seguimento, protagonizaram as Marchas de Sto. António com um público animado e sempre em festa que pôde ainda comer sardinhas assadas na broa, uma broa especial, caseira e feita por Maria Passal, uma senhora da terra, com 82 anos e muita experiência na arte de cozer o pão.

Depois de danças e cantares populares nada melhor para fazer render os bares, que o DJ Ribeiro, que ocupou o palco instalado no Largo da Igreja.

O fim-de-semana terminou em grande com a presença da Orquestra Nort Music, que, como já é habitual, levou centenas de pessoas ao local.

A organização, apesar de apreensiva e de não saber muito bem como vai conseguir "tirar a corda do pescoço", já que ainda faltavam algumas centenas de euros para conseguir cumprir com os seus compromissos "as pessoas pensam que isto é uma brincadeira, mas isto é uma festa para cerca de 8.000 euros", mostrou-se também muito agradecida, "à Junta e à Comissão Fabriqueira que têm ajudado em tudo o que podem, e a alguns amigos que participaram com o que puderam, mesmo não sendo desta freguesia", afirmou Victor Barbosa. Com muita pena da organização, a festa da espuma não se realizou, "devido ao frio que tem estado", mas fica prometida para Agosto, altura em que as noites são mais quentes e propicias a uma festa deste tipo.

                                                                                                             Patrícia Freitas

Cultura

Barcelos Popular
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21 de Jun de 2012 0

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