Fechar menu

Cem mil peregrinos rumaram a Balugães

Misticismo marcou celebrações

Embrenhados numa fé imensa, milhares de peregrinos rumaram, na sexta-feira à noite e no sábado de manhã, a Balugães para mais uma vez homenagear a Sra. da Aparecida.

A romaria que já se impregnou e constitui um hábito anual de milhares de peregrinos, oriundos dos mais diversos concelhos, tem-se intensificado em tempos de crise e segundo Francisco Vieira e Alfredo Martins, membros da Confraria da Sra. da Aparecida, este ano, principalmente nas novenas, “a fé tem aumentado, pois o santuário está cada vez mais cheio”.

Para estes confrades o número de visitantes “superou as expectativas”, visto que, em estimativa, nos dois dias de peregrinação contaram com cerca de 100.000 visitantes.

A peregrinação da Sra. da Aparecida reveste uma vertente exclusivamente religiosa, mas nem isso demove os milhares de crentes que na sexta-feira, pelas 22h30, rezaram o terço, tendo-se seguido uma procissão de velas, bem como uma missa campal em que participaram milhares de pessoas dos mais diversos pontos do país.

O ambiente envolto em muito misticismo e fé possibilitou que os peregrinos pernoitassem junto ao santuário, rezando ao longo de toda a noite, participando às 2h na hora de Maria, assistindo às missas das 5h, 7h e 9h da manhã.

O momento alto foi, sem dúvida alguma, a procissão que contou com a presença de mais de duas dezenas de freguesias dos concelhos de Barcelos, Ponte de Lima e Viana do Castelo.

Primeira aparição em 1702
João Alves, conhecido por João Mudo, foi surpreendido por uma forte trovoada, enquanto andava a “guardar” as ovelhas no Monte do Castro, em Balugães, tendo-se abrigado debaixo de um penedo quando lhe terá aparecido a Senhora.

João Mudo estava amedrontado, mas recebeu conforto para não estar receoso. O jovem, finda a tempestade, foi a correr para casa, tendo surpreendido o pai ao falar, visto que sempre foi mudo, e assegurando que a Senhora lhe tinha pedido para construir uma capela naquele local. O pai não deu crédito à aparição descrita.

A segunda aparição, no dia seguinte, acontece quando o pastor chorava de fome, tendo sido novamente visitado pela Senhora que lhe recordou o pedido. O jovem ao chegar a casa encontrou o forno cheio de pão, tendo recordado ao pai o pedido da Senhora.

A Capela acabou por ser construída em 1702, por João Alves e seu pai, André Alves, tendo sido erguida em honra da Sra. dos Passos. Só dois anos mais tarde, foi construída a Capelinha da Sra. da Aparecida, no Monte do Castro.

Cultura

Barcelos Popular
Texto
17 de Ago de 2009 0

Outras artigos

Cruzes em alta

Olhando para a imagem do cartaz, vê-se ao longe o ...

desenvolvido por aznegocios.pt