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“Escrita e mulher são dois femininos que se entrelaçam”

José Ilídio Torres apresenta “O amor é um tema batido”

José Ilídio Torres apresenta “O Amor é um Tema Batido”.

José Ilídio Torres é um escritor barcelense que já vai no seu oitavo livro. Tem uma relação muito pessoal com a escrita e as mulheres: está apaixonado pelas duas. Fulgurante na narrativa, diletante na poesia, o autor apresenta sábado, na biblioteca municipal, a partir das 17 horas, a sua última obra «O amor é um tema batido», editada pela Temas Originais de Coimbra. A acompanhá-lo estarão o escritor Xavier Zarco, a quem caberá a responsabilidade de apresentar a obra, e um grupo de amigos que farão o momento musical. O actor e encenador Fernando Soares diz poemas da obra agora publicada.

Saiu há pouco tempo atrás um poema teu no Jornal Ibero-Americano de Poesia - Porto Poesia, um jornal editado em oito países da América Latina, feito no Brasil. Recentemente foste convidado a integrar o segundo volume da colectânea de poetas portugueses da Chiado-Editores, que vai abranger cerca de 700 poetas nacionais e que tem edição prevista para Fevereiro de 2012. Que pensas de tudo isso?

Acho que reflecte o trabalho que tenho feito. Escrevendo o que quero em vários géneros e promovendo a minha escrita em apresentações, sessões de poesia, visitas a escolas, e na internet. Como o meu trabalho abrange vários géneros literários, tenho conseguido arranjar espaço em várias áreas. E já agora, deixa-me dizer-te que tem sido muito gratificante escrever no Barcelos Popular, que acolhe as minhas crónicas, e verificar que muita gente já tomou contacto com a minha escrita através delas.

Sei que tens um novo livro, o primeiro infanto-juvenil, que vais editar no início do ano, que se chama «4 histórias de pais e filhos», uma obra que conta novamente com ilustração do teu irmão Pedro Torres. Esta é uma incursão noutro imaginário e género literário. Porquê percorrer também esse caminho?

Costumo dizer que escrevo contos para pessoas sem idade. Embora tenha um ou outro mais «arrojado», são contos que as crianças entendem muito bem. «Contos de água e areia» é o meu livro mais vendido, com várias reedições. Foi ilustrado pelo Pedro e o resultado valeu-lhe uma nomeação para o Prémio Nacional de Ilustração. Estas «4 histórias de pais e filhos» acabaram por nascer naturalmente do meu contacto com os mais novos, quer enquanto professor, quer nos encontros que faço nas escolas. Pensei-o para uma idade própria da passagem da infância para a adolescência. E procurei que cada história focasse um tema maior, no sentido de ser possível aos educadores que o utilizassem, terem uma oportunidade de exploração de ideias em contexto de turma.

Tens sido muito requisitado para falares sobre a tua obra em muitas bibliotecas escolares. O que tens recolhido para a tua escrita destes contactos?

O contacto com os alunos em contexto de biblioteca escolar é muito importante e muito gratificante para mim.

Nunca me canso destes encontros e tenho feito muitos no concelho de Barcelos em colaboração com a Biblioteca e a Câmara Municipal. Nas últimas semanas levei a «Lenda das Cruzes», que é, como sabes, uma edição da autarquia, a várias escolas, onde os alunos trabalharam o texto e fizeram coisas magníficas. Tenho visitado escolas de diversos concelhos e distritos.

Falando do livro que vais apresentar, sei que tem uma história curiosa: nasceu de outro livro. Como aconteceu?

No passado ano publiquei pela Temas Originais «Os poemas não se servem frios», resultado da junção de poemas inéditos feitos nos últimos três anos, sob uma determinada ideia de livro e temas. Tinha cento e muitos poemas para escolher. Os que não escolhi versavam um único tema: o Amor. Fiquei surpreendido, uma vez que não tinha bem noção disso. Não o amor delico-doce, mas um outro ou outros, e deu um livro com 30 poemas, onde entrecruzei igual número de prosas.

Diz-nos quem é «O amor é um tema batido».

Tenho que te responder a isso pelo próprio título. Há um duplo significado nele. Escrita e mulher são dois femininos que se entrelaçam para o compor. Penso que a fotografia de capa, da autoria do meu amigo Jorge Manuel Palha, complementa muito bem essa ideia.

Cultura

Barcelos Popular
Texto
07 de Dez de 2011 0

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