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A canção e a ópera

Mariana Pacheco e Olga Amaro apresentam

Mariana Pacheco e Olga Amaro apresentaram a canção e a ópera, no Salão Nobre da Câmara.

Foi de olhos prostrados no alto que a soprano Mariana Pacheco iniciou um agradável e até surpreendente concerto, no Salão Nobre, dos Paços do Concelho, na sexta-feira à noite, numa iniciativa do município de Barcelos, em parceria com a MusicVerb, promotora de artistas musicais. Acompanhada ao piano por Olga Amaro, Mariana Pacheco deixou todos os presentes rendidos aos seus dotes vocais, ao mesmo tempo que foi fazendo uma viagem por temas de vários países europeus: iniciado o repertório em "Contrastes", de L. Freitas Branco, até "Yo Soy Maria", de A. Piazzola. A epopeia começou em terras lusas, passou por França, Itália, Alemanha e veio terminar em terras espanholas. Num misto de estilos e tendências, Mariana e Olga proporcionaram uma aventura ao longo de diferentes conceitos musicais, através do canto lírico. As duas artistas apresentaram "A Canção E A Ópera", um programa que explora um repertório da criação musical erudita composta ou adaptada para canto e piano.

Depois de uma primeira parte mais calma, foi da segunda vez que as artistas se apresentaram em palco que mais surpreenderam os presentes. Os aplausos, que já vinham a subir de tom ao longo do espectáculo, encontraram expoente máximo quando a soprano desceu até à plateia e ofereceu ao acaso três rosas vermelhas a três homens do público, ao mesmo que entoava o tema "Meine Lippen Sie Kussen So Heiss", de F. Lehár. As surpresas não terminaram: sentada no chão com um livro nas mãos, a soprano voltou a arrancar acalorados aplausos quando o atirou para trás das costas, se levantou e incutiu um tom muito mais altivo ao tema italiano "Quel Guardo Il Cavaliere", de G. Donizetti. Já fora do guião, Mariana Pacheco e Olga Amaro terminaram com "La Tarantura", de Jimenez.

É de lamentar que o Salão Nobre não tenha voltado a ficar preenchido por público, tinha pouco mais de meia sala cheia, pode ter sido falta de divulgação atempada da iniciativa, mas talvez também por falta de espíritos cultivados para a música lírica.

Cultura

Barcelos Popular
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02 de Fev de 2012 0

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