Tradição única e envolvente
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Ricardo Machado “expõe” a surpreendente “Amélia”.
"Amélia" é o trabalho de final de curso (2008) do barcelense Ricardo Machado que pode, até 29 deste mês, ser visitado na Biblioteca Municipal de Barcelos. O convite veio de Vítor Pinho, responsável pelo espaço e a mostra está agora acessível a todos. A obra, uma selecção de 23 quadros, mostra muito daquilo que o artista é e onde Machado se sente mais completo, na fotografia conceptual. "Agrada muito mais" ao autor, uma vez que é algo que ele pode conduzir, seja do ponto de vista técnico, da ideia, das personagens, as poses, tudo. "O facto de controlar todas essas formas acaba por ser a parte mais importante para mim, porque sou eu que transmito tudo aquilo que sinto com o trabalho", referiu o autor.
A inspiração para "Amélia" nasceu do quadro "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugéne Lacroix. Na imagem está uma mulher do povo, com um seio de fora, com a bandeira francesa em punho, enquanto pisava os soldados. "No olhar da mulher havia, ainda, a ideia de que ela estaria a rever toda a sua história até àquele momento", referiu o autor. "Como é que uma mulher vinda do povo chegou àquela posição?", perguntou Ricardo Machado, quando viu o quadro pela primeira vez. O "fascínio" pela imagem aumentou, ainda mais, quando o barcelense soube que o mesmo tinha sido comprado pelo Estado francês, que o tinha mantido escondido por 50 anos. "Estava dado o mote", faltava escolher a tal mulher, ícone português. Foi Amélia a eleita. Indo de encontro à ideia que tem de adolescência, enquanto processo criativo de alguém, Machado escolheu um cenário destruído, mas faltava o fio condutor: foi escolhido o vermelho, usado pela mulher fotografada, e que simbolizada o vermelho da bandeira portuguesa. Para a montagem de "Amélia" decidiu criar uma sequência de imagens, onde recorreu às alegorias, a filmes ou a livros. "Para serem entendidos, todos os quadros têm que ser vistos ao pormenor", dizia Ricardo Machado. A vereadora da Cultura, Armandina Saleiro, passou pelo espaço e ficou de tal ordem surpreendida com a obra que afirmou que vai "entrar em contacto" com o autor, no sentido de poder levar a exposição a outros espaços culturais, nomeadamente a escolas. "Há barcelenses de grande talento, que os próprios conterrâneos não conhecem e é uma obrigação do município ajudar estes jovens talentos a darem a conhecer os seus trabalhos", referiu a vereadora.
Para o responsável pelos Projectos Externos do Instituto Português de Fotografia, Alexandre Souto, trata-se "de uma viagem no tempo". "É uma atitude ousada dele, passado este tempo todo expor o trabalho académico", frisou. A ousadia é tanto maior quando o autor já tem na calha uma outra obra, "Em Memória", que mostra uma "evolução muito maior, um crescimento como fotógrafo".
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