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A viagem aos quatro cantos do mundo

XXXII Festival Internacional de Folclore do Rio 2012

Festival Internacional de Folclore do Rio continua a ser um sucesso.

Manda a tradição que o hino seja cantado e que as bandeiras dos países participantes no XXXII Festival Internacional de Folclore do Rio sejam hasteadas. Cumpridas as formalidades, foi altura de o Rancho Folclórico de Barcelinhos (RFB) abrir as hostes e demonstrar às centenas de pessoas o que por cá de melhor se faz. Seguiram-se as danças típicas e cheias de cor da República Checa. Não havia melhor sítio onde o grupo Kohoutek se enquadrasse, isto porque o nome traduzido para português quer dizer "galo". E foi precisamente de bico no nariz que o grupo dançou o tema com o mesmo nome. O desfilar de cultura deslocou-se depois a paragens mais perto. De Espanha vieram os trajes familiares e que até faziam recordar os do Minho, mas com castanholas em punho. A viagem pelo folclore do mundo deu palco ao grupo vindo do Peru. Com ele vieram também as cores garridas e o rei da tribo desfilou pelo palco na margem do Cávado. Um dos grupos que mais sucesso e aplausos conquistou foi o da Indonésia. O país já se tinha feito representar no festival há dois anos, "persistiu", regressou e trouxe consigo o embaixador daquele país para assistir a um espectáculo de rara beleza. Praticamente sem instrumentos, os sons nasciam do corpo dos intervenientes que, com mestria e a um ritmo verdadeiramente alucinante, iam fazendo as delícias e deixando embasbacado quem se sentava pelas rochas e enchia a ponte medieval para assistir ao evento. Além de uma cultura completamente díspar da nossa, o grupo indonésio causou, ainda, furor pelos trajes que envergava. Foi das exibições mais aplaudidas, até porque trouxe uma autêntica claque que, de forma entusiástica, foi acompanhando cada coreografia.

Em 32 anos, mais de 100 países já participaram no Festival do Rio

A viagem pelo folclore do mundo ia já a mais de meio, quando parou na Venezuela e nos ritmos quentes de uma cultura de sangue ainda mais "caliente". Do vermelho, as roupas passaram a parecer trapos cosidos com perícia de mestre, que deram um especial colorido ao festival. Para o final do evento estava reservado o espectáculo do grupo vindo do Japão. A actuar pela primeira vez no festival do rio, não "causou sensação" como os anteriores, mas é de destacar a mestria e a destreza com que os elementos do grupo tocavam, de forma sincronizada, os vários bombos que preencheram o palco. Foi preciso um autocarro com um atrelado para trazer todo o material vindo da terra do sol nascente. A faltar esteve o grupo do Togo, "porque era necessário que o rancho anfitrião assinasse um termo de responsabilidade pela ida do grupo de regresso ao país de origem, uma vez que muitos deles acabam por ficar pela Europa", frisou Rodrigo Amaral, presidente do RFB.

De ano para ano a responsabilidade do grupo anfitrião cresce, tal como também aumenta a expectativa de quem assiste ao festival. Este ano não foi excepção e o RFB proporcionou um evento digno de ultrapassar a mais exigente expectativa.

Ao longo dos 32 festivais, já passaram pelo palco de Barcelinhos mais de uma centena de países que deram a conhecer o seu folclore. Desta vez foram seis grupos estrangeiros, num total de cerca de 300 pessoas que se deram a conhecer, sábado à noite, num "cenário do outro mundo", como caracterizou Amaral, o palco montado na margem do Cávado.

Cultura

Barcelos Popular
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02 de Ago de 2012 0

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