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Freguesias em festa

Fim-de-semana cheio de actividades

Festas em Balugães, Campo, Cossourado, Cristelo, Fornelos e Fragoso. VEJA A REPORTAGEM FOTOGRÁFICA NO FACEBOOK DO BARCELOS POPULAR.

COSSOURADO Comissão organiza programa arrojado

Tudo ao molho... pela fé na santa padroeira

"Arrojado" é talvez o adjectivo mais assertivo para classificar as iniciativas organizadas pela comissão de festas em honra da Senhora da Cadavosa e de S. Paio, em Cossourado. Não cabe ao jornalista tecer considerações sobre o que quer que seja: a tarefa já não é fácil e mais difícil se torna quando se trata de juntar, num único dia, uma garraiada e touro das cordas, durante a tarde, e tendo como animação nocturna uma festa da espuma ao ar livre, acompanhada por DJ’s. O programa até poderia parecer estranho, e pareceu, mas a verdade é que resultou e, não só em Barcelos, mas também nos concelhos vizinhos se ouviu falar da festa de angariação de fundos em Cossourado, ou melhor, se ouviu falar da garraiada e da festa da espuma, já os motivos para os festejos, poucos sabiam qual era.

Por um dia, a freguesia passou a ser notícia e o que seria mais uma iniciativa para juntar a verba necessária para a festividade que se aproxima – 7,8 e 9 de Setembro – tornou-se um autêntico fenómeno de popularidade e se a moda pega será ver touros de dia e loucura de espuma à noite. "Se fizéssemos só a garraiada e os touros ficaríamos sem actividade para a noite e para o público mais jovem. Foi aí que tivemos a ideia da festa da espuma e dos DJ’s", explicou Alberto Barbosa, da comissão. A ver pelo entusiasmo com que "a malta nova" saltava para a espuma, é caso para antever mais iniciativas do género.

A forma no mínimo invulgar de angariar dinheiro para as festas da padroeira nasceu de uma comissão com oito elementos, embora "apenas cinco tenham trabalhado", mas que conseguiu juntar no recinto em frente à capela da Senhora da Cadavosa centenas de pessoas: "Quase tantas como aquelas que costumam vir à festa da padroeira", acrescentou Alberto Barbosa. A missão foi cumprida e a festa da santa protectora está garantida, falta agora saber se a população também irá aderir "em massa" como aconteceu sábado à noite. O arrojo foi muito, mas durou apenas um dia, já que no domingo voltaram as concertinas e as desgarradas.

Olga Costa

FORNELOS São Salvador

Dar vida à freguesia

Em Fornelos, a festa em honra do padroeiro S. Salvador começa a retomar o título de tradição. Depois de 8 anos sem ser realizada, este é o segundo ano de festa que põe esta freguesia na rota das festas populares.

Com uma comissão constituída por 8 elementos, a organização foi realizada com motivação e vontade de, pelo menos uma vez por ano, Fornelos ficar "marcada no mapa de Barcelos, já que não estava morta, mas estava um bocadinho adormecida". Para isso contaram com a ajuda da população e do Lugar da Consolação da freguesia vizinha.

O palco foi montado no Largo da Igreja e, no sábado, compareceram algumas dezenas de pessoas para assistirem ao espectáculo dos Millenium, um grupo de Famalicão que trouxe muita música e cor ao recinto. Ninguém ficou indiferente às bailarinas e aos vocalistas que se iam alternando para dar vida a temas para todos os gostos.

Pedro Ferreira, uma das 8 pessoas que tiveram a coragem de "agarrar na festa", ajudou na continuação da tradição e não sentiu dificuldades financeiras: "Toda a gente nos ajudou, sinceramente, não sentimos a crise", as dificuldades passaram mesmo pela organização da festa em si, "dá sempre algum trabalho, principalmente para quem é novo nisto, a experiência que temos resume-se aos recados que fazíamos há 10 anos atrás".

Com 4 dias de visibilidade, Fornelos atingiu o seu objectivo, mostrou que faz alguma coisa de diferente, e para isso, contribuiu o dia de domingo, a população compareceu em peso e, mesmo vizinhos de outras freguesias quiseram assistir a um dos actos religiosos mais procurados, a procissão, que neste caso tinha 9 andores, dezenas de figurados e percorreu alguns lugares da freguesia.

O folclore também esteve presente neste dia, e abrilhantou o ponto alto desta festa animando todos os presentes.

Mas a festa não terminou por aqui, na segunda-feira, a missa foi o mote para um convívio, que reuniu grande parte das pessoas que ajudaram na festa, moradores da freguesia e amigos.

Patrícia Freitas

FRAGOSO 3º Festival Gastronómico

Bons petiscos e um pezinho da dança

Decorreu, de sexta-feira a domingo, o 3º Festival Gastronómico, em Fragoso. Além das nove tasquinhas espalhadas pelo Neiva Parque, a edição deste ano contou com uma novidade: nos anos anteriores, a Associação Rotas de S. Gonçalo organizava o festival de música, com concertinas e ranchos folclóricos e o de gastronomia de forma separada, mas a crise ditou que este ano se juntassem num único evento. A receita parece ter resultado, mas nem por isso atraiu mais pessoas, pelo contrário, fruto de uma conjuntura económica adversa, a organização viu o número de visitantes cair, mas, mesmo assim, referiu que o evento ocorreu "com relativo sucesso, pois os responsáveis pelas tasquinhas já estavam à espera de uma queda na afluência", explicou Nuno Lima, responsável pelo Neiva Parque. O orçamento também foi mais apertado, entre 1500 e 2000 euros, mas a festa e a comida regional animaram as hostes de "uma população que já espera pelo festival e estranhará se ele não acontecer".

A juntar ao programa tradicional esteve um cenário de rara beleza, com o rio Neiva como pano de fundo. "A região está um pouco morta" e o festival procura dar palco aos grupos da terra e às colectividades que a compõem: "Damos prioridades às associações localizadas no Vale do Neiva e às comissões de festas, porque travam uma luta enorme para conseguirem organizar as festividades nas respectivas freguesias", frisou Nuno Lima.

Mas há regras que os responsáveis por cada tasquinha tiveram que cumprir como o facto de não poderem repetir pratos entre si, "para não haver rivalidades e conflitos". A democracia foi até visível na distribuição das tasquinhas, já que esta foi sorteada. Nem o número de stands foi deixado ao acaso, ronda sempre a dezena, para que todos fiquem a ganhar ou o lucro seria distribuído por mais associações e pouco iria sobrar do pagamento do aluguer do espaço.

A região, com um atractivo turístico enorme, tem ganho cada vez mais adeptos em muito graças a iniciativas do género daquela que foi levada a cabo pela associação dedicada precisamente ao desenvolvimento turístico do Vale do Neiva. A matéria bruta está lá, sendo só preciso desenvolve-la e é isso que a Rota de S. Gonçalo tem feito, a par de outras colectividades da região. O Neiva Parque, com zona para acampamento e piquenique, foi justamente criado para servir de ponto atractivo para a região.

Olga Costa

BALUGÃES VI Jornadas Culturais

Cultura? É claro que Balugães tem

Balugães é rico em cultura e foi dela que muito se falou no fim-de-semana em mais umas jornadas culturais. De sexta-feira a domingo, as seis colectividades da freguesia – Junta de freguesia, Centro de Assistência Social de Balugães, Associação Baluganense de Cultura e Desporto, Agrupamento de Escuteiros, 1ª Companhia de Guias de Balugães e Grupo de teatro "Os Amadores de Balugas" – deram vida e palco ao que de melhor têm e mostraram o trabalho que prepararam durante um ano. Teatro, música, exposições, desporto e mostra gastronómica, tudo isto e muito mais se pôde apreciar em Balugães. O difícil foi decidir qual a melhor iniciativa. É caso para perguntar e responder a uma só voz: Cultura? É claro que Balugães tem.

Além de dar visibilidade às associações da freguesia, as VI Jornadas Culturais permitiram, ainda, que as suas gentes pudessem apreciar o que os seus jovens e os menos jovens fazem nos tempos livres. A juntar "ao espaço de confraternização", a iniciativa pretende ainda presentear os emigrantes com o que de melhor a terra que os viu nascer tem.

Cada colectividade oferece a um público sedento, mas apaixonado pela cultura aquilo em que é melhor e que andou a ensaiar ao longo dos últimos meses. Exemplo disso foi a peça de teatro preparada por "Os Amadores de Balugas" ou o concerto do grupo musical "Flame" que preparam um novo trabalho que encheu as delícias das suas gentes, pelo menos assim se entendeu, dado os aplausos calorosos com que a plateia ia agraciando a cada música da banda que aproveita as jornadas para se mostrar. Estes são dois grupos já em plena actividade e que vêem nas jornadas um palco onde o público só sabe pedir "bis".

As jornadas culturais são, ainda, fonte do nascimento de novos projectos. Entrando na filosofia da iniciativa, o evento contou com o nascimento de um novo grupo de concertinas: nos outros anos um ou outro tocador actuava de forma isolada, mas este ano decidiram juntar-se e apresentar o primeiro trabalho.

O sucesso da iniciativa é grande, mas grande é também o trabalho que dá organizar umas jornadas que envolvem algumas dezenas de pessoas: "A tarefa é complicada. É a nossa guerra" dizia a tesoureira da Junta de freguesia, Rita Carvalhosa, que não perdeu oportunidade para acrescentar que "a iniciativa dá muito trabalho, mas todos os intervenientes ficam orgulhosos pelo resultado final". É caso para dizer, para o ano há mais… e ainda bem.

Olga Costa

CAMPO S. Salvador

Festa salva por grupos da terra

O Grupo de Teatro Amador de S.Salvador do Campo e a Associação de Futsal de Campo não deixaram morrer a tradição e fizeram uma pequena festa em honra do padroeiro Divino Salvador, no fim-de-semana. O evento serviu para a realização da I edição da "Feira do Basilísco". Estiveram à venda peças em barro, legumes, frutas e animais. Os forasteiros divertiram-se ainda com os jogos tradicionais. As noites também contaram com a animação de uma banda surpresa, de um grupo de cavaquinhos e dos Dj´s Petter e Gadula. O concurso "Canta Campo" proporcionou mais um momento divertido. Apesar de ser uma festa simples, os presentes puderam deliciar-se com os doces de Ana Maria.

Edite Miranda

Cristelo viveu três dias de festa

Dia da Freguesia juntou população

Durante três dias, Cristelo comemorou o Dia da Freguesia, porém a data assinalou-se na segunda-feira, dia do padroeiro São Salvador. O programa foi escolhido por forma a agradar a toda a população, tendo contado com muita animação musical e com a colaboração das associações locais: Grupo Desportivo de Cristelo, Comissão de Festas da Sra. Do Rosário, Centro Social Cultural e Recreativo Abel Varzim, Associação de Pais e encarregados de educação das Escolas e Jardins de Infância de Cristelo e Associação de Caça e Pesca (ACP).

O Dia da Freguesia sempre foi assinalado em Cristelo, mas segundo Manuel Isaque Ferreira, presidente da Junta, "não se fazia este tipo de eventos e começamos a promover a iniciativa por forma a juntar a população". Afiançou ainda ao BP que, apesar da crise, "esta festa tem muitos patrocinadores e para a Junta praticamente fica a custo zero. Sabemos as dificuldades que existem, mas mesmo assim conseguimos 15 patrocinadores". O arranjo urbanístico do Terreiro da Sra. Do Rosário, bem como a aquisição do terreno para o cemitério são as prioridades da autarquia, neste momento. Manuel Isaque Ferreira mostrou-se esperançado com a ajuda financeira do município para o início do arranjo urbanístico do Terreiro da Sra. Do Rosário, mas garantiu ao nosso jornal que tem "algum dinheiro disponível do protocolo" e que pensa começar com a obra "em breve". Porém, ainda não existe verba para a aquisição do terreno para o cemitério, apesar de esta "estar apalavrada".

Três dias de festa

As festividades para assinalar o Dia da Freguesia começaram logo no sábado, altura em que os populares puderam visitar uma exposição de artigos de caça e animais vivos, bem como alguns embalsamados, cujo organização esteve a cargo da ACP. O Grupo Desportivo de Cristelo organizou ainda diversas actividades desportivas. "Estúrdia do Minho" e "Outline" foram os grupos escolhidos para garantir animação musical à população. O programa também foi bastante vasto para domingo, tendo um leque abrangente de iniciativas. Durante a tarde houve porco no espeto e muita música garantida pelas Escolinhas de Concertinas e de Violas, Grupo Musical Cantares do Cávado, Grupo Música Popular "Os amigos da farra" e Grupo Musical Sopé do Facho. Ao final da tarde, o presidente da Câmara Municipal marcou presença nas festividades. No "Dia da Freguesia" propriamente dito, segunda-feira, realizou-se uma assembleia de freguesia extraordinária.

Sónia Mendes

Cultura

Barcelos Popular
Texto
09 de Ago de 2012 0

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