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S. Martinho em Alvito, Galegos, Silveiros e Vila Frescainha

Freguesias em festa

Festas de S. Martinho em Alvito, Galegos, Silveiros e Vila Frescainha. VEJA AS REPORTAGENS FOTOGRÁFICAS NO FACEBOOK DO BARCELOS POPULAR.

ALVITO S. MARTINHO Juntar as gentes e assinalar o padroeiro

Castanhas e vinho são no S. Martinho

Há quem diga que existe verão de São Martinho, mas a verdade é que pouco ou nada se viu ou sentiu desse verão. A chuva ocupou lugar cativo no fim-de-semana, mas principalmente na noite de véspera ao dia reservado aos festejos do santo. Em Alvito S. Martinho, a tradição foi cumprida e houve até espaço para um pezinho de dança, mas tudo no salão da sede de Junta, já que lá fora a chuva teimava em não dar tréguas. A receita estava preparada: 60 kg de castanhas, dadas pela Junta de Freguesia, vários litros de vinho cedidos por um agricultor e trazidos pela associação desportiva da terra e mais umas quantas bolas com chouriço, tudo acompanhado pelo grupo musical S. Tiago. As expectativas eram altas e a noite foi longa para todos quantos não perderam a oportunidade para um verdadeiro magusto.

Antes, a festa de São Martinho não ia além das castanhas e vinho, mas o actual presidente de Junta, Manuel Lopes, sabe muito bem como prender as suas gentes: a bola de pão com carne e a banda de música são ingredientes a que ninguém costuma resistir e em Alvito não foi diferente: "É a maneira de fazer as pessoas ficarem mais tempo", explicou o autarca. O ano passado, o arraial foi feito na parte exterior da sede de Junta, mas choveu torrencialmente e as castanhas acabaram por ficar pelas mesas, já que as gentes de Alvito abandonaram o local. "Hoje (sábado) o tempo estava incerto, mas mesmo que não chovesse, estava sempre frio, e para as pessoas mais idosas acabaria por ser sempre complicado. Ou não viriam ou ficariam pouco tempo, assim na sede é mais aconchegante", acrescentou Manuel Lopes. A festa de São Martinho beneficiou, ainda, do facto de ter havido uma missa e quando os jovens da catequese participam na cerimónia eucarística, os pais também acabam por assistir, ficando depois para o magusto. Além das gentes de São Martinho, o arraial contou também com pessoas de freguesias vizinhas, o que veio animar ainda mais a festa. O grupo musical que animou o arraial veio do Couto, precisamente uma das três freguesias que se irão juntar, a par de Alvito São Pedro, de acordo com a Reforma Administrativa. Manuel Lopes sempre fez fileira contra a fusão de freguesias, mas agora que saíram os mapas das freguesias dos concelhos que não se pronunciaram, o autarca de S. Martinho referiu que, "a ser inevitável, do mal, o menos, porque se tratam de três freguesias pequenas que se dão bem. Se nos juntássemos, por exemplo, com Roriz, que é já uma freguesia grande, iriamos ficar esquecidos". Fusão de freguesias ou não, Manuel Lopes espera que sempre se assinale o dia de São Martinho, como forma de "unir um povo e reviver tradições".

Olga Costa

 

VILA FRESCAINHA S. MARTINHO Retomar tradições

Em oito dias se faz uma festa

"Fogueira, castanhas e vinho", não faltou nada na festa de S. Martinho em Vila Frescainha, no passado domingo. Depois de 7 anos sem festa, a freguesia voltou a festejar o seu santo e, apesar do frio que se fez sentir durante dia, os populares apareceram em peso para participar nos festejos religiosos e no magusto que se seguiu.

"Tudo começou com uma conversa entre amigos, ele disse que oferecia o andor de S. Martinho, depois disso outras três pessoas decidiram também oferecer um andor, e foi assim que decidimos retomar a tradição", referiu Rodrigo Silva, um dos membros do concelho pastoral, organizador desta festa.

Apesar do sucesso das festividades, este foi um dia pensado oito dias antes, "uma festa feita na última da hora para o povo de S. Martinho", explicou Rodrigo. Depois de uma reunião e do consentimento do padre, ficou decidido que as castanhas e o vinho seriam oferecidos pela organização e não se faria peditórios de porta em porta, de qualquer maneira, o padre avisou que quem quisesse contribuir poderia fazê-lo deixando a sua oferta na igreja, e algumas pessoas colaboraram.

Cerca de 200 kg de castanhas e 150 litros de vinho prenderam centenas de pessoas no Largo da Igreja que, depois da procissão com quatro andores, 40 figurados e a participação dos escuteiros de V F S. Martinho, puderam assistir à actuação da Ronda Típica do Bairro da Misericórdia.

Para Rodrigo Silva, "o povo já não estava habituado a isto".

O fogo-de-artifício foi se ouvindo durante todo o dia, de manhã, ao meio-dia, à tarde e à noite e, para juntar o útil ao agradável, o conselho pastoral resolveu montar uma tendinha onde vendeu alguns bolos oferecidos pelas gentes da freguesia, o objectivo era angariar fundos que vão reverter para a construção de um tecto em madeira para a igreja, "a falta de acústica dificulta a audição dos crentes que nem sempre conseguem ouvir as palavras do seu pastor, e a venda não poderia ter corrido melhor. No final da missa já estava tudo vendido, isto só mostra que as pessoas ficaram muito agradadas com a festa e quiseram retribuir de alguma maneira", afirmou Rodrigo Silva.

Com o dia a escurecer, já com poucas castanhas para comer mas ainda com muito vinho disponível, uma fogueira começou a arder, porque o "magusto à antiga" tem de ser lembrado. Magusto não é só comer castanhas e beber vinho, o lume também tem de estar presente e porque, em algumas freguesias, a tradição ainda é o que era, algumas castanhas foram mesmo assadas na fogueira.

Patrícia Freitas

 

GALEGOS S. MARTINHO Padroeiro venerado

Freguesia aderiu em peso

Quando chegámos a Galegos S. Martinho, no domingo, o ambiente era de alegria, entusiasmo e festa rija. No salão paroquial, largas centenas de pessoas festejavam o seu padroeiro, S.Martinho, comendo castanhas e caldo verde, ao som do grupo musical "Sousa e Filhos". Por lá também passaram "Hernâni" e "Desmo" e o ambiente saudável continuava o mesmo. Os mais ousados dançavam música tradicional portuguesa e as crianças partilhavam castanhas em catadupa. Mas o magusto não foi o único sucesso deste evento. Para além dos ritos religiosos como procissão de velas, na sexta-feira, ou a missa e o terço no domingo, todos os habitantes da freguesia foram convidados para um almoço oferecido pela Comissão de Festas. Estiveram presentes cerca de mil pessoas. Comeu-se bacalhau à brás, feijoada, rojões e bifanas. A sobremesa ficou a cargo do grupo de escuteiros que confeccionou deliciosos bolos. No recinto da igreja paroquial estiveram ainda cerca de 40 carros antigos, lambretas e bicicletas em exposição. Uma festa que ficou por cerca de 13 mil euros e que só foi possível graças à ajuda de Felisberto Gomes, um emigrante em França, que não esquece a sua terra Natal. Sendo um dos seis elementos da organização, foi a pessoa que mais contribuiu monetariamente. "Ajudei porque sou muito bairrista e gosto de tudo em Galegos S.Martinho. Apesar de estar a trabalhar em França, há 18 anos, venho aqui de 15 em 15 dias". E na verdade, são beneméritos como este que "nos ajudam muito", confessou o presidente de Junta, Fernando Pinto. Neste sentido, o balanço não poderia ter sido mais positivo. "As pessoas aderiram em massa, conviveram, divertiram-se e reencontraram-se. Mediante a situação, não poderíamos estar mais felizes", concluiu Gomes.

Edite Miranda

 

SILVEIROS PTMovement apresenta 2ª peça

"Castanhas de Neve"

Deu o pontapé de saída em finais de Julho, com a peça "O Patinho Feio" e nunca mais parou. O PTMovement – Movimento de Teatro Pobre – é o mais recente grupo de teatro amador do concelho. Encontra-se sedeado em Viatodos e é formado por onze jovens, dos 14 aos 21 anos, de diversas freguesias.

Na sexta-feira, subiram ao palco do centro Social Comendadora Maria Eva Nunes Corrêa, de Silveiros, com a sua segunda produção. "Castanha de Neve", uma adaptação da Branca de Neve provocou gargalhadas no público. A Rainha, sempre a questionar ao espelho quem era a mais bonita, uma empregada que se transforma em bonita Branca de Neve, um príncipe que tenta salvar a "princesa" do mal e um anão que a salva mesmo. Mais uma peça infantil que fez parte do programa da festa de S.Martinho da valência da 3ª idade. Mas o grupo não quer ficar apenas por representação de peças direccionadas aos mais pequenos. "A nossa ideia é fazer trabalhos para todo o tipo de público. Para isso, precisamos de elementos mais velhos no grupo", afiançou o encenador Leandro Covinha, deixando um convite para quem goste da arte teatral. Papéis igualmente importantes na festa de S.Martinho, que juntou cerca de 100 idosos da Santa Casa da Misericórdia, tiveram as crianças da creche e pré-escolar e os idosos que cantaram músicas alusivas à data. Depois do almoço, foi a vez de Vítor Rodrigues, cantor de música tradicional, de Fonte Coberta, animar aquele espaço. O presidente dos escuteiros, Adelino Santos, o irmão Benfeitor José Sá ou o Provedor da Santa Casa, António Pedras, foram alguns dos convidados para o evento. "Este tipo de actividades vem comprovar o dinamismo da Santa Casa e promover o encontro de gerações", confirmou a coordenadora geral Ana Ferreira.

Edite Miranda

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Barcelos Popular
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15 de Nov de 2012 0

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