Formado em 1987, o Grupo de Teatro Amador "Amigos do Pato", de Rio Côvo Santa Eulália, nasceu da inspiração de José Loureiro que lhe deu o nome em homenagem à personagem do Pato Donald. Para assinalar as bodas de prata, a colectividade não poderia ter escolhido melhor forma que a encenação de algumas das 45 peças mais marcantes do grupo. "Foi fácil escolher, porque eram aquelas que sempre soaram muito bem ao ouvido e que as pessoas sempre gostaram", explicou ao Barcelos Popular a presidente, Amélia Vilas Boas. "O mais difícil foi trabalhá-las, porque o tempo foi pouco". Sábado, numa verdadeira maratona que previa a encenação à cena de trechos de 15 das principais peças do grupo, começou precisamente por "Médico À Rasca", a encenação que lançou o grupo, em Junho de 1988. Entre as cenas, "Sra. Cifrão" ou "Enxota Diabos" foram algumas das peças levadas ao palco.

No grupo ainda estão quatro dos elementos fundadores

Actualmente, o grupo conta, ainda, com quatro dos elementos fundadores: Carlos Coutinho, José Pereira, Agostinho Freitas e José Cândido Vilas Boas. A estes juntaram-se uma série de pessoas que tem sido o garante da continuidade do projecto. Ao todo, o grupo conta com 24 elementos que se reúnem semanalmente. Com um crescimento contínuo e sólido, o grupo esteve sempre no activo: "É raro no concelho porque muitos grupos, até com mais idade, passaram por momentos em que estiveram parados, nós, todos os anos, trabalhamos em palco, o que mostra a qualidade de um grupo que não tem ninguém formado em teatro. Tudo o que sabemos é através do que vamos vendo e lendo", enalteceu a presidente.

Depois de um início mais tímido, com peças que não iam além de um ou dois actos, os Amigos do Pato foram amadurecendo e conquistando o seu espaço no espectro teatral do concelho. Foi um "crescimento lento, mas com os alicerces muito sólidos. Penso que, devido a este crescimento estruturado, temos forças para continuar". De há meia dúzia de anos a esta parte, o grupo tem pegado em peças com "mais envergadura", exemplo disso é "A Lenda Do Galo" ou a "1º Assembleia Constituinte De 1911". "São peças feitas sem guião, algumas tiradas de pequenas brochuras, o que implica um trabalho mais árduo da nossa parte", explicou. Além da formação inicial, a associação conta com o Grupo de Teatro Patinhas, que alberga os elementos dos 12 aos 16 anos.

Quanto ao futuro, Amélia Vilas Boas falou na criação de uma "espécie de revista". Embora a ideia ainda não esteja amadurecida, o projecto passa por uma repescagem das principais peças, tal com aconteceu sábado, adaptando-as aos mais jovens, mas também a um público mais adulto, com o objectivo de que "os 25 anos fiquem mais vincados".

De entre as iniciativas programadas para a festa dos 25 anos, o grupo tinha marcado para domingo a representação de "A Lenda Do Galo".