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"Já cumpri o castigo. O meu desejo é voltar à selecção"

Zequinha, internacional português sub-20

Lembram-se de Zequinha, o internacional português que tirou o cartão vermelho da mão do árbitro?

Zequinha tem vindo a ser o jogador em evidência no plantel liderado pelo professor Neca. O jovem  avançado foi notícia quando no Campeonato do Mundo sub-20, no jogo com o Chile, realizado no Canadá, em Julho de 2007, tirou o cartão vermelho das mãos ao árbitro Sallek, da Malásia, quando este pretendia expulsar o lateral direito da equipa das quinas, Mano. Também expulso, Zequinha pediu desculpa pelo acontecido aos seus colegas, equipa técnica, dirigentes da FPF e portugueses A Federação aplicou-lhe um ano de suspensão, o castigo está cumprido. Zequinha quer voltar ao seio do grupo de trabalho da selecção nacional.

Como se proporcionou a sua vinda para o Gil Vicente?
Depois de analisadas as várias propostas para jogar no estrangeiro, resolvi optar pelo Gil Vicente, que me parece ser um bom clube em relação ao meu futuro. Por vezes temos que dar um passo atrás para depois conseguir dar dois em frente.
Ser profissional de futebol é uma profissão de risco?
Na vida de todos há momentos menos bons. No futebol isso é normal acontecer. Estamos mais sob atenção do público, mas nós ultrapassamos tudo isso. Somos profissionais, gostamos do que fazemos e eu tenho uma missão a cumprir aqui no Gil Vicente. O que mexe connosco é o facto da bola não entrar, mas temos de continuar o nosso trabalho, aperfeiçoando-o e trabalhando com entusiasmo com todo o grupo. Penso que mais tarde ou mais cedo acabamos por ser felizes e marcamos os golos. Falo por mim que sou avançado.

Como se define como jogador?
Rápido e não descuro a oportunidade para fazer golo. Também aproveito as situações para entregar a bola ao colega de equipa mais bem colocado para fazer golo.

Já actuou noutra posição para além da de avançado?
Já joguei a extremo direito, na posição 10. Mas também gosto de jogar a ponta de lança. O que é preciso é jogar do meio campo para a frente.

O seu desempenho no campo mereceu o entusiasmo dos adeptos gilistas?
É gratificante verificar o entusiasmo dos adeptos do Gil Vicente, que são o 12º jogador para chegar ao final de cada jogo na situação de vencedor. Se ganhamos os jogos os sócios ficam contentes. Neste ponto, ficamos também porque a meta de todo o grupo de trabalho é chegar ao final de época com os objectivos da subida de divisão cumpridos.

Nos  jogos da Taça da Liga e na Liga de Honra, o Gil Vicente apenas empatou um jogo, em Oliveira de Azeméis. É um bom começo?
Sei que ainda é cedo para falar do que quer que seja. Contudo, é um indicativo do que poderemos fazer no futuro. Pertenço a um grupo excepcional, de bons profissionais, de uma equipa técnica competente e de uma direcção que está sempre connosco. Tudo isto é importante para chegarmos lá, aos lugares cimeiros da tabela classificativa.
Como perspectiva o seu futuro?
Se continuar assim como estou, se não me deixar ir abaixo, espero e quero o meu regresso à selecção, que é o objectivo número um, e, depois, voltar ao FC Porto. Gostaria de na próxima época jogar na I Liga.

O castigo foi de um ano. Quando regressa à selecção? Alguém da Federação lhe deu indicações de que poderá voltar a breve?
Ainda ninguém falou comigo. Tive um castigo de uma ano, já falei sobre tudo isso. Agora só penso em trabalhar aqui no Gil Vicente, para depois chegar lá.

Aquela situação do jogo em que tirou o cartão vermelho ao árbitro Salle, em Julho de 2007 ainda lhe está na memória. Se fosse hoje faria o mesmo?
Foi na tentativa do Mano não ser expulso. Foi só por isso. Foi um acto irreflectido que tive naquele momento. Estávamos a perder, e eu, naquele momento, estava a dar tudo, o meu melhor pelo meu país. Estava a tentar dizer ao árbitro para ter calma. Só foi isso. Fiz aquilo sem noção do que poderia acarretar. Já pedi desculpa.

As pessoas têm noção errada do que é o Zequinha?
Poderão ter uma ideia errada de mim, mas isso não conta. Sei como sou, a minha maneira de estar na vida e no futebol. Os meu amigos conhecem-me e sabem como o Zequinha é, de facto. O que as pessoas pensam de mim não é importante. O importante é que eu esteja feliz comigo mesmo.

Como é que o grupo de trabalho reagiu a isso?
Na altura levaram para a brincadeira. No Gil Vicente não falam sobre isso. Pertenço a um grupo espectacular.

Qual é o sentimento do grupo neste início de prova?
Excelente. Capitães, equipa técnica, direcção. Se continuarmos assim, com o espírito de grupo que existe, penso que isso trará frutos com vista à subida de divisão. Há um aviso que faço: para ganhar ao Gil Vicente não vai ser fácil.

Entrevista

Barcelos Popular
Texto
11 de Set de 2008 0

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