
Um Executivo ferido de morte
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A História do Partido Socialista está intimamente ligada à criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em 1979, cujo principal artífice foi António Arnaut, então deputado do PS na Assembleia da República.
Ao longo destes quase 44 anos, o SNS foi alvo de múltiplas correcções e ajustamentos à realidade social do país, com necessidades e desafios cada vez maiores na resposta aos problemas de saúde da população portuguesa – a variação do orçamento de Estado para a saúde nos últimos 10 anos é elucidativa dessas necessidades: de 8,3 mil milhões de euros em 2013 para 15 mil milhões em 2023.
Nesse longo processo de melhoria do SNS destacamos a profunda reforma dos cuidados de saúde primários realizada pelo Governo PS, em 2007, com a criação das unidades de saúde familiar (USF), unidades operativas com autonomia funcional e técnica que trouxeram melhorias substanciais aos antigos postos e extensões de saúde.
Dando continuidade a esse processo de melhoria, o Ministério da Saúde pretende alterar, até ao fim deste ano, o modelo das USF, elevando o grau de autonomia e permitindo o acesso a médico e enfermeiro de família a mais 250 mil pessoas.
No concelho de Barcelos existe uma dezena destas unidades que beneficiarão os utentes com esta alteração mas,dentro da estrutura do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Cávado III, onde se incluem o nosso concelho e o de Esposende, há também outras unidades de cuidados de saúde primários que poderão, segundo o projecto do Governo, ser transformadas em USF e que importa melhorar. Desde logo ao nível das instalações e da capacidade física dos espaços onde os cuidados são prestados.
Para isso, é necessário aproveitar os cerca de 12 milhões de euros destinados ao ACES Cávado III, para reabilitação e construção destas estruturas de saúde, oriundos dos programas PRR e Portugal 20/30, fundos esses acessíveis mediante candidaturas da comunidade intermunicipal (CIM) e da Câmara Municipal.
A ligação dos investimentos nestas estruturas à Unidade Local de Saúde, a ser constituída no nosso concelho, é fundamental para uma melhoria dos cuidados de saúde primários, em articulação com a oferta hospitalar.
Por isso, a discussão sobre a saúde em Barcelos não se pode esgotar no novo hospital, cuja necessidade é há muito sentida, mas também na melhoria das unidades de cuidados de saúde primários e na execução de políticas municipais que concorram para este fim, em parceria diligente e frutuosa com a administração central.
As necessidades da população e, sobretudo, da população mais carenciada e com mais dificuldades de mobilidade, não se compadecem com os constrangimentos ao investimento que se verificam no nosso concelho nem com atrasos absolutamente incompreensíveis, quando o que está em causa é o maior dos bens: a saúde.
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