Descambou por completo o ambiente na Assembleia Municipal prevista para discutir a condenação da Câmara em pagar 172 milhões de euros à Águas de Barcelos. A JSD queria entrar com tarjas críticas ao executivo PS, foi obrigada a retirar os cartazes e, depois do presidente da Assembleia ter permitido a entrada dos jotas, Miguel Costa Gomes, temendo a segurança das pessoas, mandou fechar a porta do edifício, só permitindo a entrada de deputados e presidentes de Junta. No entretanto, houve confrontos físicos entre deputados e funcionários da Câmara e insultos com pessoas a questionarem o trabalho da segurança privada contratada pelo executivo.
O presidente do município acusou o PSD de instigar à violência, o PSD chamou "déspota" a Costa Gomes e disse que nunca a Câmara teve "capangas" e "gorilas" à porta. O CDS também foi duro nas palavras, acusando Costa Gomes de se comportar com um "ditador". O BE não concordou com a atitude do presidente mas compreende que não havia condições para a sessão se realizar. Já o PCP disse que a assembleia que se realizará na próxima sexta-feira no pavilhão tem de ser feita dentro da normalidade, argumentando que as pessoas têm o direito a manifestar-se e Domingos Pereira, do PS, acusou os jovens social-democratas de terem em sua posse "objectos cortantes" e que se a sessão continuasse "ia haver conflitos".
Foto: Ricardo Machado.
Leia a notícia na íntegra na edição impressa de quinta-feira, 9 de Fevereiro.