Os dados foram avançados por um responsável da ACT, Luís Castro, num colóquio organizado pela Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB), na tarde da passada quinta-feira no auditório do Círculo Católico de Barcelos. “Doenças Profissionais – Impacto nas Empresas, Stress, Acidentes e Riscos” foi o tema proposto pelo Curso de Educação e Formação de Adultos “Técnico de Electromecânica de Manutenção Industrial” , e que contou ainda com a presença de Rui Cernadas, médico especialista em Medicina no Trabalho.

Antecedendo as intervenções dos oradores convidados, o director-geral da ACIB, João Albuquerque, falou da importância de as pequenas e médias empresas terem uma maior preocupação com a prevenção, investindo cada vez mais nesta área: “Normalmente é um tema que se tenta pôr debaixo do tapete, mas uma parte da nossa competitividade perde-se” por causa disso, garantiu.

O facto de as empresas darem mais importância ao “despachar de uma encomenda”, ou ao “finalizar de um trabalho”, acaba, muitas das vezes, por provocar situações de risco, em nome dos “objectivos, descurando a segurança”. Mas Albuquerque entende que é nesta altura de crise que se deve fazer a “renovação”, dizendo, ainda, que é mais vantajoso para a empresa investir no trabalhador que em máquinas: “Isto pode parecer um discurso mais sindicalista mas é verdade: um trabalhador competente, capaz, leal, é difícil de substituir, ao contrário das máquinas”.

Já Luís Castro chamou a atenção para a qualidade de vida das pessoas estar ligada à qualidade das condições de trabalho, pois é lá –local de trabalho – onde se passa grande parte do dia, dizendo, ainda, que os médicos de família deveriam ter mais atenção sobre as profissões dos seus doentes, para diagnosticarem as eventuais doenças profissionais.