
Cavalo morto junto à Central de Camionagem
Um cavalo morto encontra-se há alguns dias num ter...
Barcelense Manuel Oliveira descobriu novo método de despoluição.
 
  Dizer que um plástico despolui os rios e é amigo do ambiente parece uma contradição com a ideia que a opinião pública tem deste produto. Explique-nos o que descobriram.
O uso excessivo de fertilizantes na agricultura, a exploração animal e a descarga de águas residuais sem tratamento conduziram à eutrofização das massas de águas superficiais, principalmente devido ao excesso de fósforo. Estudos recentes indicam que cerca de 53 % dos lagos/reservatórios na Europa possuem massas de água eutrofizada estando estas seriamente comprometidas. O material polimérico desenvolvido, partiu de um pedido do Dep. de Engenharia Biológica, o qual nos solicitou o desenvolvimento de um novo material capaz de remover fósforo sem causar danos ao ecossistema; uma vez que os produtos disponíveis no mercado baseiam-se na aplicação directa de químicos nas massas de água a tratar, tendo vindo a provocar elevados prejuízos ambientais, que têm posto em causa a sua utilização. O material desenvolvido trata-se de um novo nanocomposito, baseado num polímero comercial de baixo custo (polipropileno) o qual foi alterado quimicamente, incorporando na sua estrutura molecular nanoparticlas de alumínio. Desenvolvido para ser aplicado em lagos e albufeiras eutrofizadas, junto aos sedimentos onde a concentração de fósforo atinge o seu máximo, este pode também ser aplicado externamente, tendo no entanto de se bombear a água para que esta passe pelo material.
Que prémio é este que reconheceu este trabalho?
O Banco Espírito Santo lançou o Concurso Nacional de Inovação BES em Junho de 2005, uma iniciativa em que se divulga e premeia projetos de investigação aplicados a sectores críticos para o futuro da economia portuguesa, tais como Energias Renováveis, Saúde, Processos Industriais, entre outros. Trata-se de uma iniciativa que nasceu de uma firme vontade do Banco Espírito Santo em contribuir de forma efetiva para a disseminação de uma cultura de inovação em Portugal.
Voltando ao projecto, que impactes é que isto pode ter num, curso de água?
O produto desenvolvido não está projectado propriamente para rios mas sim para cursos de água com tempo de retenção mais elevados como lagos e albufeiras. Um exemplo que temos cá no Norte é a albufeira do Torrão no rio Tâmega que se encontra eutrofizada. Num caso desses a aplicação do nosso produto permite que se reduza a concentração do fósforo e deste modo se controle a eutrofização. Este tratamento não trata de algo instantâneo mas sim de um processo gradual, onde o ecossistema aquático vai recuperando conforme a concentração de fósforo vai diminuindo. Deste modo é possível restaurar o meio e devolver-lhe todas as características/valências que possuía antes de sofrer eutrofização.
Segundo sei, o produto ainda permite reutilizar o fósforo presente no fosfato removido, que será uma vantagem económica.
O material desenvolvido permite a remoção do fósforo sem provocar alterações no ecossistema aquático tais como: contaminação com metais, alterações de pH ou produção de lamas. Outro ponto importante de diferenciação é que o produto desenvolvido visa não só a remoção do fósforo mas também a sua recuperação algo que as soluções actuais não permitem de momento. Este segundo ponto é crucial, assistindo-se a uma escassez cada vez maior do fósforo mineral, visto este ser um recurso não renovável e impossível de sintetizar em laboratório.
O que é preciso para que este produto chegue ao mercado e comece a ser comercializado?
Neste momento o produto encontra-se testado a nível laboratorial, comprovando-se a sua eficácia na remoção de fósforo de águas eutrofizadas reais, podendo a qualquer momento iniciar-se estudos em campo. Após testado em contexto real, e confirmada a viabilidade económica iniciar-se-á a sua comercialização.
 
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