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Isto não sai do sítio

Editorial assinado por Rui Pedro Faria, director-adjunto do Barcelos Popular

A Câmara Municipal de Barcelos faz uso de uma ferramenta de propaganda, servida na forma de “jornal”, com título que remete para a saudosa Gaiola Aberta, de José Vilhena, e conteúdo que em muito se assemelha aos livros da Anita.

Tal como naquela colecção de livros infantis que atravessaram gerações, a personagem principal é retratada em vários contextos do seu quotidiano. E assim, no “jornal” da Câmara, pago pelos impostos dos barcelenses, desfila o Imperador, perdão, o Presidente, Constantino, em diferentes feitos: Constantino na Escola, Constantino planta uma árvore, Constantino na Feira de Artesanato, Constantino distribui medalhas, Constantino na inauguração do Cemitério, Constantino e os novos caminhos, Constantino na inauguração do Relvado Sintético, entre muitas outras aventuras, devidamente ilustradas. 

No mais recente número do mensário de propaganda do PSD, encontramos um texto assinado por Carlos Reis onde o vereador assume ser “defensor de mandatos superiores a 4 anos, e por isso de períodos mais longos de gestão do que os consagrados actualmente”. Compreende-se a visão de Reis. Talvez nem mandatos de 30 anos fossem suficientes para este executivo do PSD conseguir executar qualquer coisa relevante. 

Está visto, isto não sai do sítio. O mandato já vai a meio e tudo o que se sabe é que as obras em Barcelos têm sempre dupla derrapagem: nos custos e, sobretudo, nos prazos.

Bem sabemos que o excesso de burocracia na contratação pública pode resultar em processos morosos, estrangulando a agilidade das autarquias locais. Porém, nem mesmo esse constrangimento pode justificar tamanha inércia da Câmara de Barcelos. 

Os exemplos da incapacidade de execução são muitos e diversos – limpeza do rio, ciclovia, circular rodoviária, Mercado, acessos à Central de Camionagem… Enfim, nem um canil esta Câmara é capaz de criar em prazo razoável. 


O direito do Povo Palestiniano a um Estado 

O  princípio fundamental da autodeterminação, consagrado na Carta das Nações Unidas, não pode ser selectivo. Todos os povos têm o direito de determinar livremente o seu destino político, económico, social e cultural, e os palestinianos não podem ser excepção. A criação de um Estado palestiniano é uma aspiração legítima e justa que merece apoio global.

O reconhecimento do Estado palestiniano não é uma negação do direito de Israel existir, mas uma afirmação de que ambos os povos têm o direito à autodeterminação e à segurança. 

Hoje, mais do que nunca, é imperativo reconhecer e apoiar o direito inalienável do povo palestiniano a um Estado independente.

A coexistência pacífica só será possível com o estabelecimento de um Estado palestiniano viável, que possa coexistir lado a lado com Israel. Ignorar ou adiar esse compromisso apenas prolongará o sofrimento e a instabilidade na região.


Opinião

Rui Faria
12 de Out de 2023 0

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